Cartão de crédito: atenção às novas regras
Limite de 30 dias para uso do rotativo
O consumidor que costuma pagar apenas o mínimo do cartão terá, no máximo, 30 dias para usar a modalidade do rotativo, ou seja, até o vencimento da fatura seguinte. Após este prazo, ele deverá quitar o saldo restante à vista, ou parcelar a dívida em até 24 meses.
As operadoras de cartão têm até o dia 03 de abril para se adaptar às novas regras e deverão oferecer a opção de linhas de crédito mais baratas, com parcelas que caibam no bolso do consumidor. A expectativa é que, com a medida, os juros do rotativo caiam pela metade.
A limitação da permanência do cliente no rotativo do cartão de crédito por 30 dias deve reduzir a inadimplência do setor, informou a Associação Brasileira das Empresas de Cartões (Abecs). Em nota à imprensa, a entidade declarou que a medida permitirá ao consumidor controlar melhor o orçamento doméstico e a comprometer menor parte da renda mensal com parcelas.
Alternativas mais baratas
Seguindo as lições de Educação Financeira, vale lembrar que a melhor alternativa é sempre evitar os juros do rotativo, pagando 100% da fatura até a data de vencimento. Caso não seja possível quitá-la integralmente, avalie utilizar parte da sua reserva de emergência para evitar dívidas. Bônus, férias, antecipação de 13º salário e restituição do Imposto de Renda também podem ser recursos interessantes para amenizar a situação.
Outra saída para reduzir ainda mais o impacto dos juros, é pesquisar diferentes linhas de empréstimo pessoal dos bancos e compará-las às ofertas feitas pelas operadoras do cartão de crédito. Podem existir opções mais baratas no mercado.
Muitas empresas oferecem a seus funcionários a opção do empréstimo consignado. Nessa modalidade, a parcela é descontada diretamente na folha de pagamento, levando os bancos a ofertarem juros bem mais atrativos em razão do baixo risco de inadimplência. O mesmo vale para aposentados da Previdência Social.
Planejamento para controlar as dívidas
A Educação Financeira nos ensina, também, a pensar sempre no longo prazo. Portanto, a opção de parcelar uma dívida em 24 meses pode trazer um alívio momentâneo, mas esse recurso, se usado com frequência ou descontrole, pode gerar acúmulos de dívidas.
Mais do que saber negociar o valor do débito, é preciso conhecer a origem do descontrole nos gastos. Avalie as despesas mensais e pense no que pode ser cortado e ajustado à renda família para equilibrar as contas de maneira sustentável. Planeje-se!
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